como já contei, agosto é um mês de que gosto e o considero de sorte, né. Então, recebi um texto lindo, que repasso a vocês:

Agosto, mês da Pachamama
Por Elaine Tavares – Jornalista

O mês de agosto é um tempo sagrado na América andina. É o mês no qual se rendem homenagens à Pachamama, a mãe terra. Por todos os rincões deste espaço geográfico, lugar dos collas, aymaras, quéchuas e tantas outras etnias, os amautas (sacerdotes) preparam oferendas, as wajt´as, que vão desde doces e comidas típicas até fetos de llamas e ovelhas. Com as oblações vão os pedidos de saúde, dinheiro e trabalho. Apesar de mais de 500 anos de colonização e domínio da religião católica, não há quem não ofereça seu presente a Pachamama neste agosto que já começou.


Para os amautas ayamras este é considerado o período de “lakan paxi”, o mês da boca, porque é nesse período que a grande mãe abre sua boca para receber as oferendas dos seres humanos que sobre ela andam, vivem e amam. Muitas são as cerimônias celebradas por todo o território. Algumas são bem simples, feitas em casa, pelas famílias. Outras, realizadas pelos yatiris relembram os ritos ancestrais e invocam os antigos deuses do mundo andino, os achachilas, que moram nos cerros nevados do Illimani, Huayna Potosí, Mururata, Sajama e Chijcha. Nestes dias de agosto também é hora de invocar as forças que vivem nos rios e os espíritos dos animais.
Para quem crê nas formas anímicas e nos deuses antigos, nada melhor do que preparar uma boa cerimônia nestes dias de frio. O mês de agosto inteiro se presta a estas homenagens.

Em tempos de grande destruição da natureza, provocada pelo modelo de desenvolvimento do modo capitalista de produção, talvez seja hora de uma boa reflexão e de um encontro com o sagrado. Das montanhas nevadas dos Andes ecoam os cantos e sobe a fumaça dos incensos. Os deuses antigos esperam dos homens e das mulheres o respeito e a harmonia. E a Pachamama quer, ora quieta, ora em ebulição, que os seres humanos compreendam que são apenas uma espécie a mais pisando o lugar.


Neste dia primeiro de agosto, seguindo a tradição, fiz bolinhos de chuva e ofereci a mãe terra. Pedi proteção, saúde, alegria, para mim e para todos no mundo. Pedi que ela abrisse os olhos daqueles que a golpeiam para que possam ver o grande presente que é estar vivo, e pisando neste chão. Pedi piedade para os que não compreendem e pedi forças para enfrentar mais um ano, até que chegue o novo agosto.
Que viva a Pachamama, toda a honra a grande mãe!!!

Existe vida no Jornalismo
Blog da Elaine: http://www.eteia.blogspot.com/
América Latina Livre – www.iela.ufsc.br
Desacato – www.desacato.info
Pobres & Nojentas – http://www.pobresenojentas.blogspot.com/ 
Agencia Contestado de Noticias Populares – http://www.agecon.org.br/

Agora, mais uns prometidos microcontos meus e suas traduções, que os aguardam no excelente
site EN SENTIDO FIGURADO:


Romance
Beijou o sapo. Teve sapinho.

Romance
Besó al sapo. Tuvo sapillo.

Romance
Elle a embrassé le crapaud. Elle a eu « sapinho »3.

3Jeu de mots difficilement traduisible. Sapinho c’est un petit crapaud mais aussi une maladie buccale, une aphte des nourrissons.

Abalo
Quando deu por si, o sismo.

Conmoción
Cuando cayó en sí mismo, el seísmo.

Commotion
Quand il est tombé sur lui-même, quel séisme.

Cinderela

Quebrou o salto e comeu a abóbora. O Príncipe virou sapo.

Cenicienta
Quebró el talón y se comió la calabaza. El príncipe se convirtió en sapo.

Cendrillon
Elle brisa le talon de sa chaussure et mangea la citrouille. Le prince se transforma en crapaud.

Traducción del portugués al español: Emilia Oliva y Jesús Carlos Rodríguez.
Traducción del portugués al francés: Emilia Oliva, Puerto Gómez y Christian Peytavy.

E a apresentação do novo livro do amigo Iacyr:
 
 VIAVÁRIA

Iacyr Anderson Freitas
136 páginas – R$30,00
ISBN 978-85-7751-057-3
Publicado em julho de 2010 em coedição com a Funalfa

O MELHOR EXEMPLO DA POESIA CONTEMPORÂNEA

Viavária, de Iacyr Anderson Freitas, é um livro novo e depurado. Composto de 10 partes, os poemas são nelas distribuídos como uma espécie de “roteiro de leitura”, sendo, ao mesmo tempo, concentrados temáticos e formais.
O título do livro – Viavária – é um feliz achado, que indica os múltiplos caminhos realizados pela extensa e consistente produção poética de Iacyr. Porque neste livro, esses concentrados poéticos, são cristalizações de sua própria poesia anterior, da poesia brasileira moderna (e modernista), da poesia nossa contemporânea e, ainda, dos novos rumos do poeta. Os temas mobilizados nos poemas são amplos e variados. (…)
Essa variedade sobressalente do olhar e da voz de um poeta consumadamente moderno e contemporâneo se expressa em variadas formas poéticas (há inclusive métrica e rima em diversos poemas) através de dicções variadas, entrando o humor, a ironia, a melancolia, a meditação e não raro um certo enjoo frente à matéria do mundo.
O leitor degusta em Viavária finíssimos cristais de poesia vivida e criada, pois Iacyr Anderson Freitas é “um dos nomes centrais entre os poetas brasileiros nascidos na década de 1960”, acrescentando com esse livro “mais um título de primeira ordem à sua obra de exemplar coerência”.
Valentim Facioli

E NÃO SE ESQUEÇAM, O
I CONCURSO INTERNACIONAL DE LENDAS E POESIA ME
ESTÁ RECEBENDO INSCRIÇÕES ATÉ DIA 25 DESTE MÊS!
APROVEITEM, PARTICIPEM! aguardo vocês!

au revoir, queridos! t.

Comentários

  • Rodrigo Rocha
    Reply

    Olá passei para conhecer seu blog ele é fantástico, not°10 desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
    Um grande abraço e tudo de bom
    Ass:Rodrigo Rocha

  • Tânia Diniz
    Reply

    Gratíssima, Rodrigo.Venha sempre.Tudo de bom.Abrs,
    Tânia

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