Na mídia – Mulheres Emergentes

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, Tânia Diniz, foi citada, entrevistada, estudada, filmada e ouvida em Beagá, em Minas, no Brasil e no exterior.
Impossível incluir tudo o que foi dito sobre sua carreira, inserimos algumas matérias para se ter a dimensão de sua presença.
Nos links, algumas citações, tão mais fácil com a chegada da internet.

Tânia Diniz, por Eliane Fonseca Accioly
Em 1990, Massao Ohno editou e publicou meu primeiro livro: Histórias de Ventania. Ele me dizia que livros precisam ser distribuídos. E um dia, me indicou Tânia Diniz, de BH, que estava passando uns dias em São Paulo. Fui procura-la. No meio literário e artístico, a gente costuma encontrar as pessoas a quem procura. No nosso caso, meu e de Tânia, foi amor a primeira olhada. Nunca mais a gente se separou.

Tânia alegre, bonita, cheia de vida, morria de rir de tudo, amava a vida, as pessoas a sua volta, e vivia para a arte. Escrevia poemas-haicais, mine textos com vida própria, bem marcas registradas dela, com seu humor sagaz e divertido. Publicou muitos livros, entre os quais: Bachô em Nós, Rituais, Flor do Quiabo, Corpo de Sonho, Relato de Viagem à Marmelada, Livro do Amor, Livro da Delicadeza, Mulher Encantada, O Mágico de Nós.

Inventou/criou MULHERES EMERGENTES, ME, O SENSUAL EM CARTAZ, jornais-painéis ilustrados e coloridos, que Tania Diniz enrolava, e com os quais andava (alegre e orgulhosamente) debaixo do braço, distribuindo-os pelo Brasil e pelo mundo. ME lançado em 1990, foi traduzido para algumas línguas, entre elas, o italiano, pois publicava poetas estrangeiros. ME promovia a mulher acolhendo os homens, e poetas homens e mulheres foram ali publicados e festejados.

Olga Savary, poeta eterna que se foi logo agora, deixando sua obra imensa de importância vital, pois bem, Savary de quem Tania Diniz e eu própria éramos amigas, não usava a palavra poetiza para designar a mulher poeta. Homens e mulheres, para Olga, eram poetas. Adotei esta posição de Olga Savary.

Tânia Diniz dedicava também, algumas poucas edições de ME a um só poeta. Eram chamadas “Edições Especiais”. Um número de ME dedicado a publicar um único poeta, ali, seus poemas. Uma vez, foi publicada uma edição de ME dedicada a poemas meus. Tânia Diniz veio de BH pra São Paulo, ficando em minha casa, pois organizamos um lançamento na Livraria Cultura, do Conjunto Nacional. (A Livraria Cultura, que agora, está sendo fechada). Em casa trabalhamos muito, distribuídas na mesa da sala de jantar, separando paneis/jornais para colocar nomes dos destinatários especiais. Minha mãe e minha irmã a nós se juntaram – um bando de mulheres trabalhadoras e barulhentas. O lançamento foi um sucesso, durante uma tarde de sábado, com presenças como Massao Ohno, Leny Novaes Coelho, Silvia Anspach e Helena Armond, entre outros.

Os caminhos de Tânia Diniz levaram-na naturalmente a tornar-se editora: Mulheres Emergentes Edições Alternativas, Belo Horizonte. Publicou muitos livros de poetas homens e mulheres. Em 1997, lançou a COLEÇÃO ALMANACH DE MINAS, Mulheres Emergentes. E em 2001, lançou a COLEÇÃO MILÊNIO, Mulheres Emergentes. Participei das duas com “Trapeiro de Sonho”, poemas e mine contos. E com “Poemas na Arena”.

Tânia Diniz continua entre nós em sua obra única, quando lemos algo dela, sabemos que é dela, permanece viva om o inesquecível ME, e nas lembranças indeléveis que deixa em cada um de nós, que somos muitos, pois, como falei, e digo mais uma vez, ela andou pelo Brasil e pelo mundo, com seu ME.

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