poema Antologia ME 18 - Dagmar Braga

DAGMAR BRAGA

CONSTRUÇÃO Lanhada a pedra, faço-me fio, partilho, rasgo entranha e estranho. Quebrado o leme, desoriento, acolho vento, maré e abismo. Cavado o poço, torno-me água, mão retorcida, lisura e barro. Feito o silêncio, lasso a palavra – gume sequioso de outra navalha.

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