A Saga  ME  –    Mulheres Emergentes  –  Parte 5.4


Ano 10     No. 37     Mar.Abr.Mai  1999         Tiragem 1.000 exemplares  

                                                                   e  


          Suplemento Especial  com a luso-brasileira Maria de Lourdes Hortas    


  

Eis
que nos idos de 1989, talvez motivada por um ‘frisson’ criativo, desses que
nos sacodem

por
dentro, 

            quem sabe imbuída pelo papel mulher numa sociedade ainda machista e
que olha 

           de
soslaio para o quê produzem mulheres no campo da literatura, Tânia Diniz idealiza, convida 

             Lívia Tucci (que ficou por um ano), num
repente, e banhadas por sutil iluminação interior,    

           põem-se a postos: arregaçam o entusiasmo,
abrem portas, janelas, entreabrem frestas para a 

                              doce e impulsiva força
criadora que
sobremaneira as inquietava…

                     Em
forma de mural, por si só um diferenciador entre tudo que até então se fazia, o 
                          MULHERES EMERGENTES
nasceu, adolesceu, amadureceu.  
         Continua entre nós, oferecendo arte numa

forma
que só a delicadeza feminina é capaz de idealizar. 

            Vida longa ao MULHERES é o
mínimo
que
podemos desejar, na certeza de que só ganhamos,  
                    desfrutando de páginas, versos
e sons

que
nos dizem coisas belas; que nos acalmam e,

                                 ao mesmo tempo, fazem-nos avançar.
E,
nunca,
desistir.

                                                          Madu
BRANDÃO 
                                                
                                                          escritora – BH- MG






Editorial – Tânia Diniz – BH – MG
Ilustração – pág. 75 do livro As Quatro Estações – Cia Melhoramentos – SP /1995


Terra e tear – Eliane Accioly Fonseca –  São Paulo –  SP 
Os búzios – Cláudio Fonseca – Manaus – AM
Poema Pio – Jarbas Medeiros – BH – MG
Lúdica orgia – Alda Estellita Lins – RJ RJ 
A pele – Léa Madureira – RJ – RJ 
O fumo  – Florbela Espanca (1894-1930) – Portugal
Silencio – Clemente Padín –  Montevideo – Uruguay 
VI-De primeiro as coisas só davam aspecto…- Manoel de Barros – Campo Grande – MS
Estações – Clara Góes – RJ RJ 
Sexo III –Francisca Maria ( Fran) – S.J. dos Campos – SP 
Vazio de você / meu coração… – Tânia Diniz – BH _ MG 
Gota de orvalho – Almira Guaracy Rebêlo – BH _ MG 
π Ntudo –  Luis Turiba – Brasília – DF 
Ressaca – Myriam Fraga – Salvador – BA 
Memória – Dyrce Araújo – Acre 
Premonição – Myrtes Mazza Masiero – Lorena – SP 
Ígnea – Juracy Ribeiro – S.J.dos Campos – SP 

Editorial

Outro mês de março, com seu dia 8, Internacional da Mulher! E nosso ME, em seu décimo ano, brinda novamente às mulheres, emersas, emergentes ou por emergir. Que nossa força espiritual se evidencie mais e mais ! Pelo bem do planeta e dos homens!
                                                                            a editora

                                          SUPLEMENTO ESPECIAL 

Editorial

Maria de Lourdes Hortas nasceu na aldeia de São Vicente da Beira, (Castelo Branco) Portugal. Em 1950, com dez anos incompletos, veio para Recife/ Pernambuco, onde ainda vive.
Bacharel em Direito e licenciada em Letras. Começou a escrever  em 1956 e já conquistou inúmeros prêmios literários; publicou diversos livros de poesia, entre ele: Fio de lã, Gabinete Português de Leitura, Recife, 1979. Recado de Eva, Cad. do Povo, Pontevedra – Braga, 1990; A Dança das Heras, Ed. Atrio, Lisboa, e um de ficção. Está incluída em várias antologias brasileiras e portuguesas; organizou algumas antologias, entre elas, Palavra de Mulher, Ed. Fontana, Rio de Janeiro, 1979.
Uma mulher de alma delicadíssima, que tudo pressente:
                                                                        “Estava  eu destinada
                                                                         ao anjo caminhante
                                                                         e aconteceu que ele veio
                                                                         no exato instante…”

E que, como em todo poeta, por momentos, a alma torna-se um fardo:

                                      ” É de areia molhada minha alma.
                                          sulcos, marcas, erosão…”

Mas, onde a beleza é presença constante e fundamental! Uma alma ” líquida para tomar as medida de cada um ” e capaz do maior abandono: “e minha alma pendia de tua mão, corola de uma flor  cujo mel sorverias, tão logo me esfolhasses a última pétala”. Alma e este “Outro Corpo” que Lourdinha cultiva tão bem.

Ao leitor, ME traz este novo Suplemento Especial com o lirismo de Ma. de Lourdes Hortas em quem              
                            “ondula o mais espesso açude:
                            ao amor e à poesia entrego o mesmo corpo” !

                                                                                        a editora 

Ilustração – O PECADO (1964)  de Gilvan Samico (1928-2013) – Recife -PE


Poemas


Outro corpo
Liturgia 
Cântaro 
Madrigal 
Doméstica 
Acorde
Balanço 
Por vezes acordo loucamente florida… 
Composição para harpa (II )
Inundação 
Primitiva 
Manto 
Reprise 
Vestígios I 
Cartilha 
Calendário  

* Poemas selecionados do livro Outro Corpo, FUNDARPE, Recife – 1989.
* Ilustração:  Paulo Dias – capa.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Sign In

Register

Reset Password

Please enter your username or email address, you will receive a link to create a new password via email.