O prédio onde morava tinha severos regulamentos, sendo um deles, o silêncio após as 22 horas. Ao apertar o dedo na porta com violência, quisera gritar de dor como louca. Correu ao armário, pegou sofregamente a caixinha que seu pai lhe dera em criança, e mais uma vez levantou ligeira a tampa, soltou o grito lá dentro e fechou-a rápido.
Mais tarde, em crise de sonambulismo, abriu a caixa e os gritos, há tanto ali contidos, ecoaram em tremendo berro que quebrou as vidraças e correu pela noite como uma sirene, até cair numa boca-de-lobo e morrer-lhe na garganta.

Comentários

  • Anônimo
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    pois é, filhinha!
    foi sua época de “chorolina”, né? rs
    também gosto dele.
    bjo da mamãe,
    tânia

  • Anônimo
    Reply

    sou suspeita, porque foi feito em minha homenagem, mas eu adoro este conto!
    Ana Carol

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