Recebem a homenagem do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais
por sua contribuição às lutas por direitos iguais e por um mundo mais justo.

Homenageados :

Abilde Maria Silva Carneiro – Professora da rede municipal e chefe do departamento
de coordenação de centros culturais da Fundação Municipal de Cultura.

Afra Siqueira Durães – Professora da rede pública estadual de Minas Gerais

Alaíde Lúcia Bagetto Moraes – Coordenadora da Comissão Estadual de Mulheres
Trabalhadoras Rurais da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de
Minas Gerais – FETAEMG.

Alessandra Parreira Fialho – Chefe da Seção de Relações do Trabalho da
Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais – SRT/MG

Ana Íris Teixeira Silveira – Titane – Cantora

Ângela Maria de Carvalho Araújo – Capitã da Polícia Militar e presidenta da
Associação de Mulheres Profissionais em Segurança

Aquiles Augusto Maciel Pires – Professor da PUC Minas

Constância de Lima Duarte – Professora da Faculdade de Letras da UFMG e
especialista em literatura e feminismo

Cristiane Francelina Dias – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra de Minas
Gerais

Dolores Maria Borges de Amorim – Diretora da Faculdade de Educação da UEMG

Fabiana Belizário Salviano de Lima – Historiadora e organizadora do livro Mulheres
na política: As representantes de Minas no Poder Legislativo

Fátima de Oliveira – Médica, especializada em bioética e saúde reprodutiva feminina,
é feminista e autora de vários livros sobre gênero.

Flávia Patrícia Couto – Pedagoga, pesquisadora do Grupo Gênero, Sexualidade e Sexo
em Educação da Faculdade de Educação da UFMG.

Gardânia Ferreira Jorge – Professora e ex-diretora do Sinpro Minas.

Heleodora Lamounier Miranda – Enfermeira e ex-diretora do Sinpro Minas.

Hercília Levy – Artista e feminista e ex-presidente do Movimento Popular da Mulher

José Roberto Freire Pimenta – Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, foi
advogado do Sinpro Minas

Luly Rodrigues – Professor da Fumec e da PUC Minas

Manoel Gonçalves dos Reis – Professor, ex-diretor do Sinpro Minas

Marcelo Lamêgo Pertence – Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho de
Minas Gerais, ex-assessor jurídico do Sinpro Minas

Marcos Roberto do Nascimento – Professor de Sociologia da Puc Minas

Maria do Carmo Lara – Prefeita de Betim

Maria Elizabeth Marques – Professora da Puc Minas, ex-diretora da Adpuc,

Maria José de Paula – Professora da PUC Minas, ex-diretora do Sinpro Minas

Marlise Miriam de Matos Almeida – Professora, coordenadora do Núcleo de Estudos
e Pesquisas sobre a Mulher da UFMG.

Nacib Rachid Lauar – Professor, ex–diretor do Sinpro Minas

Renato Godinho Navarro – Professor aposentado da Universidade Federal de Ouro
Preto, foi o primeiro delegado sindical do Sinpro Minas.

Roberto Chateaubriand – Psicólogo e conselheiro do GAPA (Grupo de Apoio à
Prevenção à Aids)

Rosângela Leite Souza – Ex-professora do Colégio Padre Eustáquio

Rosemeire Regina Pacheco – Coordenadora do Grupo Levante do Teatro do Oprimido
de Belo Horizonte.

Rozimeire dos Santos – Jogadora de futebol do time do projeto Menina Também Joga
Bem.

Tânia Diniz – Poetisa, escritora e editora do Jornal Mulheres Emergentes

Tereza Scofield – Professora da Universidade Estácio de Sá

Terezinha Maria Ferreira Quintão – Professora aposentada do Colégio Padre
Eustáquio

Valentina Somarriba – Historiadora, organizadora do livro Mulheres na política: As
representantes de Minas no Poder Legislativo

Walter Andrade Parreira – Professor e ex-diretor do Sinpro Minas e da FITEE
(Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino)

Wanda Rodrigues – Professora do Colégio Santo Antônio e ex-diretora do Sinpro
Minas

Zélia Passagem Aquino – Funcionária aposentada do Sinpro Minas

Maria da Penha Maia Fernandes – Biofarmacêutica cearense, cujo
nome virou símbolo da luta pela erradicação da violência contra a mulher.

Elizabeth Altina Teixeira – Fundadora da Liga Camponesa de Sapé na Paraíba

Nilcéa Freire – Professora e ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)
***

REPRODUZO A MATÉRIA PUBLICADA NA REVISTA:

O feminino em cartaz
por Denilson Cajazeiro

                                                       Mark Florest
                           Tânia Diniz, editora do jornal Mulheres Emergentes, divulga a literatura feminina.
                    




A poeta e contista Tânia Diniz teve uma ideia
ousada no final dos anos 80. Depois de participar de
uma exposição de poemas num bar da Savassi, em
Belo Horizonte, em que, por acaso, só houve
participação feminina, decidiu criar um jornal com
poesias feitas por mulheres. Daí nasceu Mulheres
emergentes, em 1989, uma publicação trimestral
em formato de cartaz que enfatiza o feminino e o
sensual nas artes. Já são 21 anos dessa bem-sucedida
experiência poética que percorre o mundo.
“Vi essa exposição, com poemas muito mais
eróticos do que os meus, e disso nasceu a ideia de
fazer um jornal só de mulheres, que enfatizasse o
sensual. Fiz o número zero, experimental. Foi o maior
sucesso e a maior polêmica. A notícia foi parar no
Jornal do Brasil, e comecei a receber elogios e
poemas, montanhas de papel do país inteiro e do exterior
também”, conta Tânia Diniz, que também é
haicaista e já recebeu vários prêmios literários, entre
eles os de concursos realizados pelo Sindicato dos
Professores (Sinpro Minas), além de ter participado
de exposições na Alemanha, no Canadá, entre outros
países.
O nome do jornal, que a cada edição enfrenta
uma batalha financeira para ser publicado, veio do
livro A mulher emergente, da psicóloga Natalie Rogers,

que ela lera no final dos anos 80. “Percebi por
aquela leitura que todas nós, mulheres, fazemos o
tempo todo, a cada momento, uma emersão da
opressão masculina e uma colocação de si mesma,
exigindo respeito, reconhecimento. Naquela época,
esse assunto estava mais presente”.
Como muitos homens têm uma alma feminina
bem presente – o exemplo mais conhecido entre nós
é Chico Buarque de Holanda –, desde o número 1
Tânia reserva um pequeno espaço para a participação
deles. “Quando consigo, faço um jornal especial de
algum poeta, inclusive de homens. O Carlos Nejar
[poeta, ficcionista e membro da Academia Brasileira
de Letras] me pediu para eu fazer o dele, e eu fiz”,
revela.
Desde 2005, após enfrentar um câncer, Tânia
ampliou o espectro poético do Mulheres Emergentes
para além do sensual. “Espiritualizei-me mais depois
dessa fase da doença. Busco manter o clima que fez
o trabalho ser pioneiro, mas publico hoje
especialmente o belo, que é o que move as pessoas”,
afirma, após contar que amigos a ajudam no trabalho
de divulgação, distribuindo-o mundo afora, e que
o primeiro concurso do jornal, realizado três anos
após o número zero, foi feito em cinco línguas
(português, francês, espanhol, italiano e inglês) e
recebeu 1,6 mil inscrições do Brasil e de países da
Europa, Estados Unidos, América do Sul e África. “As
pessoas me ligavam, pedindo o regulamento. Meu
telefone não parava de tocar. Desciam kombis do
Correio aqui em casa com quilos de papel”, relata a
escritora.
Dias de inquietação
A relação dela com a literatura começou desde
jovem, mas a produção mesmo veio anos mais
tarde, em fins de 1987, depois de “alguns dias de inquietação”.
“Foi uma coisa louca. Não conseguia fazer
nada, deitava e não dormia. Até que um dia percebi
que minha cabeça estava cheia de palavras. Percebi
que possuíam algum valor e em uma semana escrevi
quilômetros de textos. Fui premiada no primeiro
concurso que participei, com um poema surrealista.
Ali descobri que era isso que fazia sentido em minha
vida. Não paro de fazê-lo porque não dou conta”,
afirma Tânia Diniz.
A estreia no circuito livreiro foi em 1988,
com uma obra de contos de realismo fantástico e
sensuais, O Mágico de nós, feita de forma independente.
“Quando Murilo Rubião leu, disse que
eram publicáveis. Achei isso um elogio, porque ele
era muito fechado. Então já fiquei feliz. Ele me perguntou
se eu havia participado de um concurso da
UFMG. Disse que sim, que havia enviado um
conto de realismo mágico. Aí ele falou: ‘ah, eu me
lembro, você foi a única que mandou dentro do
realismo mágico e não desagradou’. Outro elogio.
Depois ele fez muito mais por mim, me deu uma
carta de recomendação, dizendo que eu era um
jovem talento”, conta a escritora, hoje com mais de
dez livros publicados e participação em várias
antologias.
Atualmente, Tânia se dedica a administrar a
editora alternativa Mulheres Emergentes e a
alimentar o seu blog, também com o mesmo nome
do jornal (www.mulheresemergentes.blogspot.com),
além de ministrar oficinas de haicais e aulas
particulares de idiomas. Participa ainda de exposições
e saraus e realiza concursos internacionais
de poesias, ilustração, minicontos e lendas. Há
também o projeto de desengavetar um livro de
poemas, há tempos na fila de publicação. Tem se
enveredado, nos últimos anos, a fazer leituras públicas
de seus poemas e microcontos. Um dos seus
poemas, o Desamada, tem causado certo frisson entre
as mulheres, cujos versos dizem o seguinte:
Chega de romance, / amor agora só free-lance. Há
também um microconto com ibope elevado entre o
público feminino, conforme revela a própria poeta.
Chama-se Maria da Penha: Exultante, engoliu o
último sapo, ao molho pardo. Feito com sangue do
marido morto na cozinha. “Meu marido, quando leu,
falou: ‘você fez esse pra mim, não é?’”, conta Tânia
Diniz, em meio a risos de satisfação.

   
ELAS POR ELAS- setembro 2010 .

Comentários

  • Lilly
    Reply

    Chiquésima!!! Clap, clap, clap!:))
    Beijocas felizes pra ti… LILLY

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