Queridos amigos,

em setembro passado tive a grata alegria de receber alguns poemas meus, traduzidos para o

 inglês, pelo amigo poeta, Leonardo de Magalhaens, os quais reproduzo aqui pra vocês! 

Apreciem!!! Comentem!


Moons

At the new moon

 of curved brilliance

 the passion you renew

In my sky

 of growing heat

 the flame grows higher

And snake & mermaid

 I find myself coming: full moon

 And when,

 bacchante,

 even waning,

 you grip my waist

 in the quarter of each month,

at every time,

 you uncover with art

 the bloody face

 of my moon

scarlet.

                         td

Luas

Na lua nova

 de recurvo brilho

 a paixão renovas

       No meu céu

     de cio crescente

     a chama alteia

     E serpente e sereia

      me encontro vindo: lua cheia
    
 E quando,

 bacante,

 mesmo minguante,

 me prendes a cintura

 na quadratura de cada mês,

a cada vez,

 desvendas com arte

 a sanguínea face

 de minha lua

escarlate.

                                              Tânia Diniz

Penelope

I wait.

As Penelope

I weave the web

with sigh & longing

in half point.

At the moonlit nights

I intersperse

threads of passion

brights of pleasure

embroidered in song

me, all nude,

clothing your hand.

Ready the mantle

wrapped with magic

mad dreams in the bed,

the weave of the lover.

As Penelope

at the moonless night

without your steps outdoors

I undo, I unravel,

my points, your knot.

Solitude, I have no measure.

Tomorrow, I restar
                                                                 Tânia Diniz           




Penélope


Espero.


Tal Penélope


teço a teia


de suspiro e saudade


em ponto meia.


Às noites de lua


entremeio


fios de paixão


brilhos de prazer


bordados em canção


eu, toda nua,


vestindo tua mão.


Pronto o manto


envolvo de encanto


loucos sonhos na cama,


a trama de quem ama.


Tal Penélope


na noite sem lua


sem teus passos na rua


desmancho, desfaço,


meus pontos, teu laço.


A solidão, não meço.


Amanhã, recomeço.

                                              Tânia Diniz

Butterfly

A kiss 

for the whole body 
 fast
setting
 a purple butterfly
 bite
 in the
 thigh
              td


Borboleta


Um beijo


pelo corpo inteiro


 ligeiro


deixou


 uma borboleta roxa


 mordida


 na


 coxa

     Tânia Diniz


o meu amor é doce 
 ternura que espanta 
 pássaros da garganta.
 Mas,
chega, chega de romance 
 amor agora, só free-lance.  
My love is sweet 
a tenderness frightening 
birds from the throat. But, 
 it is enough, no more affair 
 love for now, 
 only freelance.

                                                   Tânia Diniz

Pintura

Me faço

traço

Nanquim

na tua tela

Ponto, elipse,

paralela

Me disfarço

esfera

no trapézio

do papel

Danço

losango absurdo

na horizontal

triângulo essencial

ao teu pincel

Me dissolvo

caravela

em águas

de aquarela.
               td

Picture

I do myself

trace

black ink

in your canvas

Point, ellipse,

parallel

I disguise myself

sphere

in the trapeze

of the paper

I dance

absurd lozenge

in the horizontal

essential triangle

to your brush

I dissolve myself

caravel

in waters

of watercolor.

             td


Pintura 

 


Me faço

traço

Nanquim

na tua tela

Ponto, elipse,

paralela

Me disfarço

esfera

no trapézio

do papel

Danço

losango absurdo

na horizontal

triângulo essencial

ao teu pincel

Me dissolvo

caravela

em águas

                                                 de aquarela.                                              
                                         Tânia Diniz

       


Kingdoms

With the forms of apple

The surprise

of texture & color

of the pomegranate

Of the cashew,

juicy pulp

Of the nearly ripe guava,

the freshness

Then,

tasty & nude

the acute hunger

at your table,

to see, maybe,

the rising heat

of your hard meat.
                             td

          Reinos


Ter formas de maçã


A surpresa


de textura e cor


da romã


Do caju,


sumarenta carnadura


Da goiaba de vez,


o frescor


Então,


apetitosa e nua


a fome acesa


em tua mesa,


ver, talvez,


o emergente calor


da tua carne dura.

                                              Tânia Diniz

    Tradução livre by Leonardo de Magalhaens   


chau!!! bjocas

Comentários

  • Eliane Accioly
    Reply

    O sublime de ser poeta! A poeta Tania Diniz.
    Sem adjetivos.

  • Unknown
    Reply

    ACHEI LEGAL. SUCESSO! ABRAÇOS TELMA DE JESUS/CORAÇÃO DE JESUS/M G

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