A Saga ME – Mulheres Emergentes –   Parte 3. 6   

Ano 6    No. 22     Jun.Jul.Ago  1995                  Tiragem 1.000 exemplares  

MULHERES EMERGENTES: UMA HISTÓRIA
DE MAGNETISMO E LUZ
Será que todos os caminhos levam a
Minas? Minas dos Inconfidentes, do
Libertas Quae Sera Tamen¸ do ouro
negro que erigiu as cidades históricas, do Tancredo
das Diretas Já, da Igreja da
Pampulha de Niemeyer, de Inhotim. De Guimarães Rosa,
de Drummond, de Mário Palmério, de
Darcy Ribeiro, de Adélia Prado, do Aleijadinho,
da arte barroca. E Minas também da
comida caseira, do tutu e da couve, da vaca atolada,
do angu, do doce de leite, do pão
de queijo. De São Tomé das Letras, do misticismo e
ETs. Minas é triângulo vermelho
místico, inscrito sobre a bandeira da liberdade e da
coragem. Triângulo que é polo de
atração cultural, política, espiritual. Geometria
mágica que me chama
insistentemente a viagens turísticas, congressos. E, sobretudo, a
uma produção criativa instigante e
mágica em parceria com artistas locais.
De Minas era meu amigo, o incrível
escritor, Jarbas Medeiros. E são daí minhas
escritoras-irmãs-de-alma, Eliane
Accioly Fonseca, Lúcia Fabrini de Almeida e, é claro,
Tânia Diniz. Toda uma confraria de
almas gêmeas, irmanadas na poesia, a quem eu,
paulistana vivendo parte aqui,
parte na Europa e nos EUA, tive o privilégio de me ligar.
 

E a quem vivo conectada espiritual
e literariamente, mesmo à distância.
O magnetismo criativo e inovador
mineiro é irresistível. E Tânia Diniz, com
suas Mulheres Emergentes, é um
centro luminoso de uma constelação, para a qual
convergem irresistivelmente
mulheres e homens das Letras de todo o país e do mundo.
Tânia, editora, escritora
sensível, desbravadora de territórios e empreendimentos
culturais, amiga generosa, me
acolheu no corpo dessa constelação há anos. E nunca
mais saí daí. Fui parte de sua
coleção Milênio, publiquei textos em seu mural e em seu
blog, participei de coletânea,
venci e recebi menções em concursos, publiquei com
outros autores um livro teórico
sobre a Psique e a Religião. Minha amiga Tânia e a
bandeira de Minas Gerais –
bandeira de liberdade e inovação – abraçaram e deram voz e
força à minha causa, bem como à de
diferentes almas criativas no Brasil e no mundo.
O aniversário das Mulheres
Emergentes , 25 anos, é uma data a ser comemorada como
aniversário da luta e garra de
Tânia, da vitória da voz livre e criativa das Minas Gerais,
do Brasil e da alma humana através
da História.
Comemoramos a vitória dessa mulher
de garra – vitória da luminosidade de sua
alma e de sua terra. Como
mariposas, somos atraídos à sua causa de luz. Causa que teria
orgulhado os inconfidentes. E que
alquimicamente transfigura a diversidade cultural da
Terra Brasilis em
palavra-ouro. 
                            Silvia
Anspach 

       São Paulo – SP –   poeta, escritora,
professora universitária

Editorial – Tânia Diniz – BH- MG

Ilustrações – foto – Bernadete Patrus – BH – MG 

                              tirinha – Mino Castello Branco – Fortaleza – CE  

Genetrix –  Ilka B. Laurito – São Paulo  – SP 

Feelling – Ilza Matias de Sousa – Natal – RN

Deixe de lero- lero… – Ulisses Tavares – RS 

Poema colesterótico –  Olegário Alfredo – BH – MG 

Passagens – Bernadete Patrus – BH- MG 

Na carne, o que procuras… – Marcos Vieira – Cuiabá – MT


Á bengala – José Paulo Paes – São Paulo – SP 

Safira – Ma. Aparecida Reis de Araújo – Juiz de Fora – MG 

Entre lençóis, o teu espanto… – Tania Diniz –  BH – MG


Apreço – Núbia M. Marques – Aracaju – SE 

Obs. II – Patrícia Blower – Niterói – RJ 

Nu – Elza Beatriz  – BH- MG 

Lírica  – Araripe Coutinho – Aracaju – SE 

Afundo-me nestes retalhos ... – Angela Leite de Souza – BH – MG 

Prisão – Helena Kolody – Curitiba – PR 

Descuido – Juracy Ribeiro – S. J. dos Campos – SP 

Você vai notar… – Itamar Assumpção  – RS 

Dúvida – Yeda Prates Bernis –  BH – MG 

Una imagen verdadera – Teodoro J. Morales – Trama – Peru 

Verbo – Elizabeth Gontijo – BH – MG 

Calango dela – letra e música – Celso Adolfo – BH – MG 

Editorial

A gênesis da poesia se faz aqui, entre ela e a serpente, em lírica península, gaiola supensa em ramo de flor, imagens de efeitos especiais e nudez de verbo (em 40 anos). Numa tarde azul eclode uma lua de cetim e um seresteiro. É a festa de um novo ME que chega.
                                                                                                                         a editora

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