Seguindo, A Saga ME – Mulheres Emergentes – Parte I . D
ANO 1 No.2 Jun. Jul. Ago 90
A saga ME 25
A história de vida de Tânia Diniz é construída sobre papeis. Suas experiências foram perpassadas por muitos deles. Sua trajetória de menina a mulher, seus desejos e fantasias, sua feminilidade e identidade
feminina, seus registros pessoais e suas relações sociais foram subvertidas à força e à imposição dos papeis.
Essa mineira de Dores do Indaiá, das Minas Gerais: professora, escritora e editora, é fundadora do Mural Poético Mulheres Emergentes, que recentemente – em novembro de 2014 – comemorou 25 anos de
existência.
O Mulheres Emergentes venceu. Superou dificuldades, desmoronou barreiras, atravessou veredas, caminhos espinhosos, mas alcançou seu objetivo: a disseminação da poesia, da cultura e do texto feminino.
Entretanto, por detrás dele, há e sempre existiu uma guerreira. Tânia Diniz fez desse projeto um objetivo de vida, abriu espaço para a poesia feminina e para novos autores.
No inicio o mural era exposto em escritórios, livrarias, universidades e outros lugares públicos.
Tânia, em entrevista, confessou que a semente que germinou a ideia da criação do Mulheres Emergentes nasceu da visita a uma exposição de poemas. Disse ela:
“Desde que tive a coragem de me expor e publicar, sentia a falta de um lugar de publicação acessível e que valorizasse a mulher. Um dia, visitando uma exposição de poemas no Savassi, vi que só havia mulheres
ali e todas com uma fala parecida com a minha.”(Entrevista em 23/01/2008)
Não posso deixar de lembrar aqui, o conto “Cinderela”, do livro O mágico de nós, (1988, p. 24), de Tânia Diniz, no qual a cinderela vivia assoberbada com as múltiplas funções domésticas: “Para si mesma não
sobrava tempo e ia acumulando vontades e necessidades”.
E porque não criar esse lugar?
Tânia tinha acabado de ler um livro de Natalie Rogers: A mulher emergente, essa foi a fonte inspiradora do nome do mural. Nasceria assim o novo espaço para os escritores emergentes.
Movida pelo espírito empreendedor, Tânia Diniz, promoveu concursos, organizou eventos, lançou livros, enfim, dinamizou com sabedoria e muito trabalho, aquele que seria hoje a coroação de um
sonho realizado.
Em 2008 o mural poético atingiu a maioridade e comemorou 18 anos com o livro Antologia ME 18. Agora, essa “bandeirante do saber” está comemorando suas Bodas de Prata com o Mulheres Emergentes,
numa união que vem constatar o valor da perseverança, da determinação, da garra e da vontade de uma mulher que sempre teve fé na força da palavra e da linguagem poética.
Maria Inês de Moraes Marreco
Escritora, professora, pesquisadora, atual Presidente da AFEMIL –BH.MG.
MULHERES EMERGENTES, jornal editado pela poetíssima TANIA DINIZ, valoriza a produção de nossa gente que tem afinidades literárias poéticas. TANIA, sempre louvando-lhe a proficiente dedicação à causa da literatura, a que tem emprestado o fulgor do seu trabalho literário nesses 25 anos.
Selmo Vasconcellos
Porto Velho – Rondônia -Jornalista, poeta, escritor.
Editorial – as editoras Tânia Diniz e Lívia Tucci – BH
Ilustração – Monica Sartori – BH
Aliso tua crina farta … – Helena Armond – SP / SP
Corpo ausente – Marta Gonçalves – Juiz de Fora – MG
Elegia: indo para o leito – John Donne (1572-1631) Londres – Inglaterra
O corpo da escrita – Ruth Silviano Brandão – BH
Corpvs I – Jussara Santos – BH
A esposa – conto – Oswaldo França Jr. – Serro -MG
Vodu – conto – Tania Diniz – BH
Cromunicarte – Livia Tucci
Liberdade condicional – Olga Savary – Rio – RJ
Sexta-feira à noite – Marina Colasanti – Rio RJ
Eros – Hamilton Faria – Curitiba – PR
Só tu – Regine Limaverde – Fortaleza – CE
Erotismo das mãos – Violeta Horta – BH
A palavra revela signos e segredos, muda e desperta conceitos. Vive através dos tempos, dos mitos, em todos os ritos. Em gestos, na fala do corpo, no canto da escrita. Mantras.
As editoras
Chau,
tania
Comentários
Parabéns Tânia. Conheço de perto sua criatividade e sua obstinação em criar sucessos.