Ano 1 . No. 1.  Março 1990     1.000 exemplares                            




                                                       Um legado poético

Dizem que a paixão é um sentimento efêmero, mas não é o que sugere a estreita relação entre autor, texto e leitor na saga da “Editora Mulheres Emergentes”, idealizada por Tânia Diniz, em Belo Horizonte/Minas Gerais.
A boa relação vence o tempo. Por isso, faz parte desse amor o desejo, a confiança, o senso crítico, o respeito ao outro e a coragem de expor as vozes de mulheres de diversas regiões do Brasil e tantos outros países.
Com o propósito de levar ao público uma literatura que surpreende e provoca, e de reiterar o amor e o respeito ao fazer literário, a editora transformou o jornal mural “Mulheres Emergentes: o sensual em cartaz” em instrumento de luta: pelo menos, foi isso que eu intuí quando fui convidada a colaborar com o mural: um lugar incomum para expor minhas inquietações em torno do ser e estar no mundo; onde me reconheci em cada verso escrito por escritoras(res) que contribuíram para a boa repercussão da Editora  M.E. Nesse ritmo, a Editora acolheu a parceria dos poetas Wilmar da Silva Andrade e Flávio César de Andrade que escreveram com Tania Diniz o livro “Bashô em Nós”, Coleção Milênio. A propósito de outros nomes publicados pela M.E,  cabe sublinhar: Adão Ventura, Barbara Lia, Berenice Heringer, Eliane Accioly Fonseca, Helton Gonçalves de Souza, Hugo Pontes, Johnny Batista Guimarães, Iara Vieira, Lúcia Serra, Sandro Starling, Silvia Anspach, Teruko Oda , Vera Casa Nova, e eu mesma, entre outros.
Editora M.E: um legado poético. Vinte e cinco anos de respiração movida pela paixão, pela arte. Vinte e cinco anos de poesia e resistência no trato da palavra oriunda de homens e mulheres que reafirmam a perenidade da arte e deixam, como afirma Tânia Diniz, “a mais profunda herança: o Belo”. Em síntese, seria redundância perguntar de onde vem a força que contribui para a sobrevivência da Editora ME?

                                                    Nordeste do Brasil, julho de 2015
                              

                                                                      Graça
Graúna
 

                              (Povo potiguara /RN)
profa., poeta, pesquisadora

 



O que pode a poesia ? O que pode o poeta? Se não fosse gente como Tania Diniz a incentivar e arrumar mil jeitos para fazer o ME estaríamos  mais perdidos do que já estamos.  O Mural  das mulheres  é da melhor qualidade. Aliás nem só de mulheres…vale o verso, vale a emoção, vale o sentimento. Obrigada Tânia pela força! Continue e conte comigo para continuar a fazer poemas .
                                                                    

                                                                               Vera casa nova
                                                             poeta, professora universitária

                  ME ano 1. No. 1  março 1990 
Editorial – Tânia Diniz e Livia Tucci
Ilustração – Jussara Rocha – bh-mg

Parece
dança –     Lúcia Serra – Lavras -mg

Púbis –       Anita Costa Prado – sp / sp

Encarnada –     Livia Tucci – BH-MG

Erótica –        
Paulo Leminski
(1945-1989) Curitiba-PR

Gotas –          
Alice Ruiz –Curitiba –PR

 Sex o(u)r all – poema visual –  Tania Diniz – BH- MG

Quando –     Marisa Fillet Bueloni – Piracicaba –SP

Esturpo –     Denise Emmer – Rio de Janeiro – RJ

Luau –        Rosa Angela Fontes – Porto Alegre – RS

As palavras
escorrem como líquidos –    Ana Cristina César (1958-1983) RJ

Se o
plenilúnio ocorresse… –    Denise Bottmann – Curitiba –PR

Rito –      Marize Castro – Natal- RN

Uma mulher
    Bruna Lombardi – SP/SP 

Ferótica –        Márcio Almeida – Oliveira –MG
Editorial

Dizem que, como os anjos, a poesia não tem sexo.
E
como eles, também o erotismo, esse estado de espírito (ou de sítio –
afinal, vivemos em cerco), onde sempre vamos buscar no alimento dos
deuses, nossa ambrosia humana.
Essa
matéria de trabalho, portanto, toda feita desses elemento assexuados,
nos leva a redefinições, novos enfoques, a derrubar conceitos e
preconceitos, a questionar os mitos e, enfim, abrigar todo poeta – que
preferimos hermafrodita, em poesia – que se alinhe conosco dentro e fora
dos limites do corpo, na fronteira da palavra. Buscando o feminino que o
olho não vê e se oculta, mas a alma pressente e emerge de suas águas
abissais. Na comunhão dos anjos. Na remissão da carne. Na confissão dos
pecados.

                                                            as editoras 

Chau!
tania

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