Num sábado
( tempos atrás)
Pedia-lhe a alma toda vez em que se encontravam. Cercava-a, acariciava, prometia, lisonjeava-a, de vez em quando até se tornava agressivo, tentando convencê-la. Dizia que amava.
E tanto fez e pediu que, num dia nublado ela, enternecida, cedeu-lhe a tão cobiçada prenda, envolta em rendas.
Com ela nas mãos, ele correu vaidoso e deliciado e, em praça pública, colocou-a em exposição na barraca de quinquilharias, onde seria avaliada e achincalhada pelos mercadores e mendigos e as prostitutas do lugar.
tânia diniz
Comentários
Que lindos seus versos…
Minha tia me indicou seu blog,realmente muito bom!
Isabel Gripp.
Obrigada. Venha sempre.Abrs, tânia