Aconteceu no..
Brechó Poético por um dia.
Cia Poética estação Platina
Sábado, 23 janeiro 2010
Aconteceu ontem o memorável Brechó Poético na
Estação Platina, por iniciativa e promoção de
Lívia Tucci e Tânia Diniz,
as poetas militantes do MULHERES EMERGENTES.
http://www.mulheresemergentes.blogspot.com/
Almoço com Lívia, ao lado de her friends Dalva e
Marcos, em comentários sobre eventos culturais
passados e futuros, além de lembranças from Itália e
passadas meditativas no Caminho de Santiago de
Compostela. http://www.caminhodesantiago.com/
Livros brotam sobre a mesa, para as leituras de
nosso après-midi, em líricas discussões sobre o
Fazer Poético, lendo poemas da contraantologia (sic!)
PORTUGUESIA, de “Estilhaços no Lago de Púrpura”
(e suas traduções), ambas obras de seleção e autoria
de Wilmar Silva/Joaquim Palmeira. A agrolírica sedutora
e áspera, “você que é letal como uma ponta de punhal
Além dos belos e libidinosos poemas de “O avesso do
cristal”, de Lívia, “E ela deságua / quando os homens
desabam / nas argamassas, nos orgasmos, / no terreno
mais temido. / Os homens se embrenham, por instinto,
em tudo que é proibido.”
Também os versos de “Marí(n)tima”, inclusive trazida
para o español pelos hermanos Laia & Sebastián, “Na
incessante busca e entrega, / por sobre a pele alva e salina,
/ voa-me, albatroz, em doce agonia, / flecha-me o alvo, o túnel,
o arco.”
Quando todos se perguntam pela presença de Tânia,
eis que ela chega, acompanhada pela artista plástica
Iara Abreu, e pela jornalista, poeta, baterista, Brenda
Marques, presidente da ong Imersão Latina
(http://www.imersaolatina.com/ e
http://imersaolatina.blogspot.com/ ) Chegada que
prontamente reacende os debates sobre a cena literária,
lançamentos, eventos poéticos, considerações estéticas
e éticas sobre o que seja “Arte”, leitura de poemas de
Tânia, Brenda e outras Mulheres Emergentes nos
zines-cartazes generosamente distribuídos.
As múltiplas manifestações da Arte, as expressões
artísticas provocam apartes acalorados. O que é Arte?
É a expressão do artista? É um efeito provocado sobre
a platéia, sobre o leitor? A intuição do artista é suficiente?
Dispensa a ‘técnica’? a expressão turbulenta de J. Pollock,
a expressão multicolorida de Guido Boletti, as facetas
cubistas de Picasso – são as manifestações do
modernismo? Como fazer uma crítica não ‘subjetiva’?
Poetas ‘torcem’ o nariz para os publicitários – e seus
anúncios e outdoors – mas o que não falta é ‘poesia de
outdoor’, até porque muito publicitário tem mais ‘talento
poético’ do que muitos que se dizem ‘poetas’. Como se
fosse fácil ser poeta… De repente, há muita retórica,
ouvimos. O joio meio ao trigo em PORTUGUESIA – o
que faz de um ‘conjunto de versos’ um Poema?
E também – o fazer poesia com o corpo, na sinestesia
palavra e corpo, ‘poesia sonora’ na performance. Por
exemplo, qual a melhor palavra para ‘corporificar’ o objeto
‘árvore’? ‘árvore’, ‘árbol’, ‘albero’, ‘arbre’, Baum’, ‘tree’,
ou nenhuma destas? Se a palavra ‘em forma de dicionário’
não pode ‘representar’ o vivenciado, é legítimo ‘inventar
palavras’?
Mais sobre poesia sonora em http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/revistatxt6/entrevista_brenda.html
http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/revistatxt5/entrevistaboris.html
http://www.elsonfroes.com.br/psonora.htm
Estas e outras discussões de altíssimo nível empolgaram
os convivas do Brechó Poético, animado pelas anfitriãs
Lívia e Tânia, na agradável tarde de sábado (sem chuvas!…)
Assim chega o crepúsculo, o fim de tarde dispersa os
poetas, que aguardam os próximos encontros e partilha
de versos.
24/jan/10
Por
Leonardo de Magalhaens
Escritor, Tradutor,
Secretário da ong OPA!
http://leoleituraescrita.blogspot.com
http://desencontrosgrafados.blogspot.com
www.opart.org.br
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