INVERNO

E o frio caiu na alma…
Arrepios, saudade, dor.
Na penumbra do meu posto
estática, observo a natureza.
A brisa sopra frio em meu destino
levantando a poeira do meu nada.
Corta o coração, o sangue flui…
Corre nas veias e se apodera da solitude
que coordena as idéias.
E o inverno chega. Bate forte…
brota de todos os lados
e se mistura ao orvalho.
Desce dos píncaros dos morros
cobre as relvas das encostas.
A aurora vai chegando de mansinho…
A geada prestes a chegar, segue em outra direção.
Raios medrosos do sol afugentam a névoa seca,
a neblina some, a bruma se desfaz, o vento pára de soprar.
E o astro-rei mostra sua força.
É outro dia… um novo amanhecer.
A claridade afugenta o inverno
da minha imaginação.
O tempo passa célere,
apagando as intempéries do viver.

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