MULHER FOLHA E AMANTE FULIGEM

Elemento de um só nó
Dessa massa vertente
da transitoriedade latente.
Lida de levar a vida
No compasso a passar
Por caminhos só de ida.
A paisagem não sabe dizer
Se poesia é árvore ou fruto
Mas ela está a brotar e crescer.
Folhagem e fuligem
O poema queima a paisagem
Até o gozo refrescar o corpo.
A poesia é mulher ou amante?
Homem sem história, talvez?
Inútil buscar a definição.
O poema não guarda a memória
Ele faz a sua própria história
Sem palavras, traços ou riscos.
A poesia retoma ao giz-de-cera
De uma infância de cores
Para aliviar as dores
De quem nesta arte
Será sempre aprendiz.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Sign In

Register

Reset Password

Please enter your username or email address, you will receive a link to create a new password via email.