CONSTRUÇÃO
Lanhada a pedra,
faço-me fio,
partilho, rasgo
entranha e estranho.
Quebrado o leme,
desoriento,
acolho vento,
maré e abismo.
Cavado o poço,
torno-me água,
mão retorcida,
lisura e barro.
Feito o silêncio,
lasso a palavra –
gume sequioso
de outra navalha.
Comentários
muito bonito, dagmar! parabéns, gostei imensamente!
besos
líria